terça-feira, 31 de julho de 2012

Os Caboclos


Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, assim como os Pretos-Velhos. Tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). Enfim, no decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.

Na Umbanda assumem a forma plasmada de "índios" em homenagem aos povos nativos do Brasil e de outras regiões do globo, que nutriam uma forte relação de amor e de respeito à Natureza e  muito contribuíram com seus conhecimentos e valores morais e culturais para a formação da nossa Pátria. 

Os espíritos que atuam na Umbanda como Caboclos têm origens culturais e religiosas diversas, e nem todos foram indígenas (assim como nem todo Preto-Velho foi um Negro escravizado). O que lhes dá “ a patente” de Caboclo é o seu grau de elevação perante as Leis do Criador
A presença deles nas Giras de Umbanda nos leva a refletir sobre a importância do meio natural que nos acolheu e nos ajuda a compreender que somos parte da Criação Divina e, por isso mesmo, precisamos viver em harmonia com o Todo. Eles são um exemplo de forma de vida simples, natural, livre de preconceitos e artifícios, de arrogância e de vaidade. Sua atuação junto de nós é libertadora, própria daqueles que evoluíram.


Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue.
São profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra.
Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática!

Comparecem no plano emocional dos humanos com acentuada característica de afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca liberalidade.Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
De acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com a sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância. Por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos, espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.

Que possamos ter sempre a bênção dos Paizinhos Caboclos e das Mãezinhas Caboclas em nossas vidas. Salve os Caboclos da Umbanda!

Fontes do texto: 
http://www.seteporteiras.org.br/guias-espirituais/caboclos.html
http://umbandaestudo.blogspot.com.br/2012/01/sao-sebastiao-na-umbanda-e-oxossi.html
http://comunidadeumbanda.vilabol.uol.com.br/caboclo.html

Fonte da Imagem: Google

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Povo Baiano



No mundo astral foram sendo organizadas as linhas de Trabalho Espiritual dentro da Umbanda,  que  utilizando  os arquétipos do povo brasileiro, surge entre elas:
Caboclos - que homenageia o guerreiro nativo, forte  e profundo conhecedor  da natureza; 
Preto Velho -  que se caracteriza pela sabedoria, paciência, bondade e humildade dos anciãos das senzalas;
 Crianças -  que mostra a pureza infantil e a necessidade de fazê-la ressurgir em nosso íntimo.

Como a estrutura de trabalho espiritual tem como objetivo a evolução da humanidade, novas linhas de trabalho foram se apresentando gradualmente  acompanhado as mudanças do meio social para atender as necessidades humanas.  Entre as que surgem,  encontra-se  a de Baianos, linha que  faz referência as origens de um povo que é a cara do Brasil. A Bahia e seu povo sintetiza  a diversidade  que existe no Brasil, tanto em relação aos seus valores culturais, quanto aos religiosos. 
Os  Baianos são um povo fraterno, fervoroso, persistente, alegre, festeiro, cheio ginga, ritmo e magia, e  a linha reflete tudo isto. 
 Homenageia ainda  os antigos Pais e Mães de Santo da Bahia, que foram os primeiros a trabalhar, e muito, para a divulgação e preservação do culto aos Orixás em uma  época de muitos  preconceitos e dificuldades.

Durante um longo tempo  os trabalhos da linha de Baiano foram visto com desdém e restrições,  no entanto, com a persistência característica deste povo, aos poucos foram preenchendo  de forma exemplar  o espaço que lhes foi dado pelo astral.

Na Umbanda a linha dos Baianos pertence à chamada linha das Almas, a mesma dos Pretos Velhos.  Linha que traz mensagens de conforto,  fé  e  de como  lidar com as adversidades de nosso dia a dia, além de  muito conhecimento sobre  ervas e  axé.
É uma linha formada por espíritos alegres e brincalhões, que adoram desmanchar demandas, são conselheiros, orientadores, além de  ótimos ouvintes.  É a alegria de um povo sofrido que não perde a esperança,  mostrando  uma fé inabalável e grande experiência para lidar com problemas que fazem os nossos parecer brincadeira.
 A gira é sempre muito animada, pois trazem sua energia positiva e sua vontade de ensinar. Possuindo sempre uma resposta na ponta da língua, nos mostram uma forma de encarar e enfrentar os problemas  do cotidiano,  de como  amparar ao próximo,  e ainda transformar a tristeza em alegria e esperança.
Costumam ser carinhosos e passam muita segurança, no entanto não levam desaforo para casa, sendo  comum presenciarmos estas entidades desviarem assuntos relacionados a trabalho, dinheiro, ou qualquer outro, para perguntar sobre assuntos relativos ao coração.  Como o povo sofrido que foram, sabem  que sanado os problemas de relacionamento, os demais acabam como que por mágica.
Com certeza a principal característica desta linha é sua capacidade de ouvir, conversando muito  e com sua fala mansa, transmitem confiança e alegria aos que buscam seu auxílio e tem fé. 
Ensinam muitas coisas, entre elas, a não se estagnar diante dos problemas, a não lastimar, agradecer pela vida e seguir em frente, confiar na providência divina, manter bons sentimentos e pensamentos,  e não olhar só para seu próprio umbigo.

Desta forma os Baianos chegam e nos conquistam, desarmam nossas defesas emocionais e mentais, auxiliam  nossa evolução espiritual e material, empregando todo o seu conhecimento e elevação. 

Quando os Baianos chegam, ouvindo e direcionando os consulentes em seu sofrimento, estão fazendo muito mais que aliviar dores, estão mostrando que cada povo tem seu valor, sua bagagem cultural,  sua maneira de fazer o bem, e que todos podem contribuir para o progresso comum. 

Mostram que as diferenças não são ruins, pois o que de fato importa são os valores que carregamos em nosso íntimo. 

Sem alarde e de forma simples, os guias da Umbanda, entre eles o povo Baiano, nos ensinam e auxiliam, mostrando que somos todos  parte de uma única raça, a “Raça Universal dos Filhos de Deus”.

 Salve os Baianos! Salve a Bahia de Todos os Santos!

                                                                                          Por: Valéria Braz


Fonte de pesquisa:

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Marinheiros




SALVE O POVO DA ÁGUA!!!

Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.

Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam e que duraram anos e anos.

As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.

Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.

Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.

Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.

Todas as pessoas tem uma ideia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.

Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertar-mos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito avontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.

Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.

Como isso ocorre?

Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando encorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda Sagrada.

É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.

Todos devem estar sempre com os pensamentos voltados ao Pai Celestial, para que assim a fé interior esteja sempre renovada. Que todos tenham a consciência de que as mudanças só serão possíveis se partirem primeiramente de vosso íntimo e acreditar, lutar pelos vossos ideais. A busca do sucesso depende de vosso próprio esforço, dedicação e merecimento. Portanto, não pare no tempo, cruzando os braços a espera de milagres. Levantem-se, tenham fé, renovem suas esperanças, acreditem no poder do Pai Maior e corram atrás de seus objetivos.

Alimentem vosso espírito com muito amor, esperança e fé para assim projetar a verdadeira essência divina a todos os vossos semelhantes. Vossa mente tem um poder grandioso. Use-a para exercitar o bem, com o objetivo de unirmos nossas forças para estarmos cada vez mais ligados a Deus, receba de braços abertos à energia de todos os Orixás, dos vossos marinheiros que estão o tempo todo a vos ajudar quando solicitados.

Sejam positivos em qualquer situação.

Se você quer o melhor para sua vida, comece fazendo uma reflexão de seus próprios atos, pois muitas pessoas reclamam de determinados acontecimentos em suas vidas, mas esquecem de que tudo tem um porque. Portanto, reflitam sobre vossos pensamentos e atitudes para que não sofram conseqüências negativas.

A vida é um espelho. Vigie-a sempre. E lembre-se de que tudo pode quando trazemos “Deus” em nossos corações.

Fonte: http://povodearuanda.wordpress.com/2007/07/29/marinheiros/